Relatos dos grupos de trabalho – I Seminário Nacional Sobre Formação Continuada de Professores do Ensino Médio – novembro 2013

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Sandra Garcia: Então, imediatamente começaremos com a apresentação das regiões. Chamo o professor Fábio, que vai representar o Sudeste.

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REGIÃO SUDESTE

Fábio: Boa tarde gente. Nas discussões fomos direto ao ponto. Já que as pessoas tinham feito às leituras, fomos direto aos pontos de atenção que gostariam de comentar e pontuamos da seguinte forma. Os encaminhamentos foram: primeiro, inclusão pelo menos dos pedagogos, coordenadores pedagógicos, especialistas de Educação Básica no público alvo da formação, além dos professores. A discussão foi devido às questões da carreia do pedagogo e da função dele dentro da escola que é de articulador. Com isso se estenderia a carga horária para fazer essa articulação. Então seria mais fácil, não tiraria um professor da sala de aula. Se optou por colocar pedagogos, coordenadores pedagógicos e especialista de educação, isto porque cada Estado tem sua nomenclatura.

O segundo ponto é a alteração do termo de capacitação para o termo “formação” na redação da proposta. A inclusão de realização de reuniões de trabalho antes do Seminário Estadual em formatos distintos entre Universidades e Secretarias para além dos Seminários Nacionais. Essa proposição existe no documento orientador preliminar, mas demanda-se mais destaque na necessidade e nos formatos das reuniões locais. Por entender que não seriam formatos de seminários, mas reuniões técnicas para discussões das dinâmicas. Alteração do texto na página 4 substituindo o termo “estritamente” por “preferencialmente” no que diz respeito aos critérios de formação da equipe.

Esclarecimentos, é o que estamos pedindo, esclarecimentos sobre cursos presencias e atividades exercidas na hora-atividade, a carga horária do professor já destinada ao planejamento não pode ser comprometida com a formação. Devido a um terço da hora-atividade que e comprometido. Comprometer o planejamento normal da escola com o curso, trocando um pelo outro.

Explicitação dos valores das bolsas que serão concedidas a equipe da formação, especialmente esclarecimentos sobre a previsão de concessão de bolsas para os professores cursistas.

Rever os critérios estabelecidos no anexo 2 de maneira geral, sobretudo no que se refere as exigências de vinculação como professor efetivos das IES. Rever os critérios relacionados de professor formador nas IES. No item 1: Ter experiência como professor de Ensino Médio, substituindo por ter experiência docente na Educação Básica, preferencialmente, como professor de Ensino Médio. Ou ter experiência docente, preferencialmente, como professor do Ensino Médio.

Outra consideração, cada Universidade, considerando as demandas da SEDUC organizará sua equipe de formação de professores da Universidade, estudantes de pós graduação, do mestrado e doutorado, professores e técnicos das redes de ensino com mestrado e doutorado. A solicitação de inclusão desse trecho foi posterior a nossa fala final, a revisão da relatoria, porque se lembrou que tinham discutido esta parte. Então se alguém do grupo do sudeste tiver ideia contrária a isso, por favor pode se pronunciar. Essa solicitação de inclusão do trecho é lembrado pela professora Denise da UFSCar, após a plenária.  Esta parte foi acrescentada posteriormente a revisão que fizemos da relatoria. E nem todos nossos colegas do Sudeste estavam na sala na hora.

Nove, rever os critérios relacionados ao cargo de professor formador regional. No item: ter experiência como professor de Ensino Médio na área de formação continuada de profissionais da Educação Básica ou cursar mestrado ou doutorado, substituindo por ter experiência como professor de Ensino Médio na área de formação continuada de profissionais da Educação Básica.

No item 10 esclarecimentos sobre o orientador de estudos, página 13, demanda-se o estabelecimento do número de professores cursistas por orientador de estudos, até 30 professores por orientador de estudos. É isso. Da região Sudeste é essa contribuição.

Sandra Garcia: Alguém tem alguma complementação a fazer do Sudeste? Não? Então eu vou pedir para vir o Centro-Oeste.

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REGIÃO CENTRO – OESTE

Gresiela Ramos de Carvalho Souza: Boa tarde a todos. Eu sou a professora Gresiela, do Estado de Mato Grosso. E, diferente da região Sudeste, organizamos a apresentação por estados que tem realidades bem diversas mesmo dentro da nossa região. Então, essas são as propostas dos estados do Centro–Oeste e Distrito Federal:

Goiás pede que seja restabelecido, organizada a formação de professores e que ela não seja só uma continuidade da formação inicial. Pediram especificamente a articulação do MEC juntos as Universidades no intuito de conversar com as diretrizes do Ensino Médio e com a formação inicial. Todas as diretrizes, tanto as do Ensino Médio, quanto às do ENEM, quanto da formação inicial das universidades que elas sejam articuladas. Que ela sejam contempladas, que elas sejam todas embasadas nessas diretrizes.

Divulgar a proposta do PACTO nas Universidades, ou seja, dentro das licenciaturas. A proposta é, antes de começar esse seminário Estadual, que seja feito um seminário prévio dentro das Universidades. Esse seminário prévio seria no sentido de estabelecer parceria entre os professores e principalmente de tentar quebrar a rigidez das disciplinas, para fazer uma formação. Por exemplo, chamarão o professor de física, vem o professor só da física sem ter esse entendimento muito claro do que é na Educação Básica esse conceito de área. Buscar parcerias e estabelecer elos dos que querem, dos que aceitam e acreditam nesse tipo de proposta. A dada proposta para esse tipo de seminário interno das IES seria na primeira semana de dezembro. E o seminário Estadual, a partir de fevereiro, somente aconteceria em Goiás e nesse momento estaria se reorganizando e discutindo os outros temas, não só do cronograma mas também de formação.

Mato Grosso, temos todas essas discussões que permearam aqui, devido a nossa realidade, já são contempladas nos fóruns das licenciaturas. Então, Mato Grosso tem uma organização muito especial que chamamos de CEPAFs, onde já temos e acontece essa formação continuada dos professores no chão da escola. Temos professores que são formados nas escolas, que são acompanhados pelos professores formadores do CEPAF. Toda essa estrutura proposta pelo PACTO já é uma realidade em Mato Grosso. Assim, estamos muito felizes, muito tranquilos quanto a isso. O que pedimos, o que trazemos quanto proposta é um rearranjo do quantitativo dos profissionais dispostos. Acho que também é uma realidade de alguns Estados à questão da dimensão do Estado de Mato Grosso, a dificuldade de acesso, de transporte, as regiões, por exemplo, indígenas, as regiões quilombolas, à distância. É algo bem complicado. Então, que esse quantitativo de profissionais fosse reorganizado. O rearranjo também da estrutura do fluxograma, porque como temos essa organização nas CEPAFs que tivéssemos essa liberdade de organizar, não só em quais momentos, mas como organizar esses seminários. E a reorganização do cronograma em virtude do início do ano letivo 2014. Passamos por um período de dois meses de greve, então está complicado. As férias dos docentes, não só dos nossos profissionais, como dos profissionais das Universidades, e o período de Copa no ano que vem. Para Mato Grosso é muito tranquilo essa relação entre a Secretaria e a Universidade, porque isso já foi estabelecido alguns anos atrás por meio dos fóruns das licenciaturas.

Distrito Federal parece que tem algo muito próximo disso também. Então acreditam que vão conseguir atender os cronogramas e as propostas apresentadas. Eles, também, têm uma organização e uma relação muito tranquila com as Universidades e a Secretaria.

Mato Grosso do Sul, propõe definir o período e o valor das bolsas para os participantes e que isso seja claro, porque não foi declarado, não esta implícito no documento. Acharam muito complicado apresentar essa proposta e não ter um valor, não saber qual período vai estar recebendo. Redefinir a organização ou a suplementação quantitativa de acordo com a demanda como pedimos em Mato Grosso. Propor o convite as IEFS e as Universidades privadas também e não só Universidade Federal. Dobrar a quantidade e a carga horária para diminuir a quantidade de encontros. Acreditam que se aumentássemos essa carga horária dos encontros seria menos encontros para fazerem. A dificuldade que eles têm com os professores formadores e a dificuldade da logística dos encontros. A proposta para o seminário regional seria na segunda quinzena de fevereiro. Se tiver alguém que gostaria de contemplar mais alguma coisa.

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Ema: Boa tarde a todos e todas. Eu também sou do Estado de Mato Grosso. Quero reiterar o que a Gresiela trouxe. Para nós é muito cara e muito claro a questão dos fóruns, tanto fórum de educação, que funciona, e o fórum de permanente formação. É o espaço especial para que essas discussões ocorram. Então, no processo que vivenciamos com a Universidade, discutimos as orientações curriculares que tem realmente como foco da formação a escola, o coordenador pedagógico que acompanha a escola. Então temos um trabalho muito próximo de mais de 20 anos com a Universidade Estadual, Federal e o Instituto Federal é muito tranquilo essa ação, mas eu gostaria de reiterar para nós, como educadoras que somos, o espaço de articulação tem de ser especialmente o fórum de educação que temos nos nossos Estados e o fórum de formação. Porque ali está não só os profissionais, tanto das redes Estaduais quanto das Universidades, mas também sindicatos, estudantes, conselhos e temos que agregar nesse momento todo esse corpo importante para que possamos cada vez mais contrapor um discurso externo que quer rotear a educação e achar que a solução esta nela. Que cada vez realmente articulemos mais, nos aproximemos mais, como instituições públicas que somos para chegarmos um dia na autonomia que queremos e para que façamos um enfrentamento necessário a todos aqueles que estão achando que sabem resolver a educação e querem colocar qualquer coisa dentro da educação. Então para nós o fórum de formação é algo extremamente importante e gostaríamos de reinterar isso. Para nós é muito tranquilo e eu acho que com o MEC não vai ser muito diferente, temos que nos reorganizar para que possamos atender a diversidade que temos nos Estados diversos, nos tempos possíveis, quilombolas, campos indígenas. Um Estado que tem 43 povos indígenas é diferente. Só queria reinterar essa importância dos fóruns, espaços legítimos com a discussão de todas as instituições.

Sandra Garcia: Obrigada Ema. Mais alguma coisa? Agora poderia vir o Norte.

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REGIÃO NORTE

Representante da região Norte: Boa tarde a todos. Boa tarde a todas. Para mim, como representante da Secretaria de Educação de Tocantins é uma honra poder participar deste evento. E eu gostaria de agradecer imensamente. Vejo que o calor das discussões foram muito positivas, e gostaria de agradecer a professora Yvelise ArcoVerde, a professora Sandra Garcia e a professora Mônica Ribeiro por este momento que estamos vivendo hoje. Estamos de fato diante de uma mobilização de Nação. E quanto ao Pacto, PACTO Nacional e diante de todas as falas que ouvimos, de que devemos não só pensar a educação para brancos e de classe média. Eu gostaria de fazer uma analogia a nossa região Norte, ao Tocantins, ao Pará, a Rondônia, Acre, Amazonas, Amapá e Roraima. Temos realidades muito distintas, acho que todo país ele é uma grande diversidade e nossas regiões, o próprio MEC sabe da dificuldade de locomoção, alguns lugares só se trafega de barco, outras de avião. Então, nossa proposta inicial e que engloba todas as falas, inclusive tudo o que esta contemplado no documento é que haja de fato uma flexibilidade com relação ao cronograma. A proposta do PACTO nacional pelo Ensino Médio, ela é muito bem vinda, necessária, importante e essas discussões são fundamentais para que ajustemos todos os pontos e consiga de fato executa-las em nossos Estados.

Muitas propostas são especificas, mas o que eu gostaria em nome de todo o grupo da região Norte é solicitar ao MEC que nos de um período “x”, não pensamos nesse número, mas de 15 dias para termos tempo suficiente para nos comunicar e apresentar uma proposta de cronograma que atenda toda essa especificidade de cada Estado. Diante disso, teremos um tempo também para conversar com a Universidade e discutir como estamos fazendo aqui. Essa proposta pensa em duas etapas de formação. Uma etapa individual, com o professor e uma etapa coletiva. A nossa etapa individual é a nossa ação em nosso Estado. E a coletiva será esse grande diálogo e eu vou ler os nossos itens. Nós temos 12 que vão praticamente falar das mesmas coisas do que todos os outros.
Fizemos inicialmente uma apresentação de todos, para que identificássemos quem estava e quem não estava e identificamos inclusive que há um Estado que não tem representação da Universidade. Só não consigo lembrar do Estado, Rondônia, mas a proposta também pensa nisso.

Direcionamentos gerais da região Norte para a proposta do PACTO pelo Ensino Médio.

Primeiro: contextualização a respeito da infraestrutura para a formação de determinados Estados.

Segundo: maior clareza na proposta de aspectos relacionados ao processo de financiamento do programa junto à formação das escolas. Diárias, recursos, quem paga, como vai ser isso, se esse dinheiro realmente já foi para as Universidades e ficará assegurado ao processo de formação.

Terceiro: proposta coletiva de alteração, revisão do calendário. Considerando que essa discussão deve ser feita a partir de diálogos junto aos professores, escolas, Universidades e Secretarias, com retorno no prazo de uma semana para nova proposta. Maior clareza sob a base metodológica do programa, bem como do material de formação.

Quarto: o programa deve deixar mais claro quando considera as realidades locais em sua proposta pedagógica. Deixar mais claro o modo de seleção do professor que participará do programa, considerando que o mesmo não está lotado em apenas uma escola. Estamos pensando em todos os professores do Ensino Médio, mas temos professores que estão no Ensino Fundamental.

Quinto: as bolsas de estudo de formação, temos as séries iniciais e agora teremos bolsas de estudo para o Ensino Médio, no fim das contas receberemos isso e teremos que saber como administrar. Teremos aí um bolo sem recheio. Não é verdade? E teremos que ter essa consciência de como ficará isso, porque os professores da segunda fase do Ensino Fundamental nos cobrarão essa formação também.

Sexto: Explicar com mais abrangência os programas quanto a grupos específicos, indígenas, quilombolas, campo, como trabalhar essa formação pensando essa diversidade. Temos escola do campo, escola indígenas e como será feito todo esse trabalho? Acho que poderia vir uma orientação mais especifica de como trabalhar essa diversidade.

Sétimo: Direcionamento de estratégias regionais para o encaminhamento do programa, considerando as especificidades.

Oitavo: maior flexibilidade na formação dos orientadores, junto aos professores do Ensino Médio, para que a Universidade possa acompanhar o professor na base, ou seja, na própria escola.

Nona: é consenso e há essa reclamação que a Universidade não forma como deveria a contento, e temos essa dificuldade toda inclusive de formação inicial. Então, a proposta seria que esse professor formador da Universidade tenha condições de ter contato e vivência com o professor que no fim das contas vai receber a formação dele.

Décima: abertura para professores que não são do quadro efetivo da escola. Tendo em vista que em alguns Estados das regiões possuem professores temporários. O nosso PACTO fala em professores com especialização, mestrado e doutorado, perfeito. Acontece que a Estados que não tem se quer o quadro completo de efetivos. Então pensando na dificuldade de movimentação de pessoal também teremos que pensar essa possibilidade de ter contratos.

Décima primeira: Flexibilidade em relação à carga horária do professor considerando que muitos professores cursistas possuem muitas turmas. No Estado de Tocantins todos os centros de Ensino Médio aderiram ao ProEMI e esse professor trabalha com a carga horária atendendo 20 horas o ProEMI e 20 o Mais Educação. Nosso entendimento, isso já é conhecimento de Tocantins, os demais Estados da região fiquem a vontade para intervenção, mas o nosso entendimento é que a carga de trabalho e de envolvimento deste Pacto, desta formação, exigirá muito mais desse profissional, então nossa sugestão é que ele fique com o ProEMI e com a formação. E vamos ter uma demanda de pessoal para acompanhar o Mais Educação. Eu penso que se reunirmos todo esse trabalho de acompanhamento do Mais Educação, do Ensino Médio Inovador e mais esta formação ele ficará sobrecarregado. Estou me referindo ao professor articulador, que é o professor orientador. É ele quem vai ficar com a carga maior dentro da escola, vai ter que fazer o acompanhamento individual e coletivo.  E lembrando a todos os colegas, temos que ter registro inclusive das formações individuais.

Por fim, décimo segundo: maior clareza quanto a apoio dado pelos gestores locais, governo estadual, secretaria, entre outros. Aos orientadores e aos cursistas no que tange o deslocamento para formação com diária e material de apoio para a formação. Tendo em vista que há uma previsão de que esse material impresso será disponibilizado pelo MEC. Para fechar queremos fazer um compromisso com todos os Estados da região Norte. Criaremos um espaço interativo na plataforma moodle para nos comunicarmos e esse espaço será de discussão, de informação e também de interação em todos os momentos que julgarmos necessário. Porque muito se fala que o Norte é esquecido. Vamos lembrar de nós, ok?

Sandra Garcia: Para esclarecimento, o material impresso é só para Universidades e Secretarias terem impresso. O material dos professores vai chegar no tablet. Essa discussão vamos ter que fazer depois, dos tablets que vão chegar aos professores até o início do ano que vem. Para quem não entregou ainda. Alguma complementação do Norte? Tudo bem. Então vamos para o Nordeste.

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REGIÃO NORDESTE

Marcoelis Pessoa: Boa tarde, sou Marcoelis Pessoa. Tínhamos um grupo robusto, em torno de 60 pessoas, nos organizamos com o grupo de relatores, três, do qual faço parte, o professor Dante do Rio Grande do Norte e a professora Maria José do Maranhão. Foi coordenado pelo professor Domingos Leite e temos algumas questões, temos algumas proposições, algumas relacionadas ao texto, outras pontuamos do documento e fizemos também uma questão geral.

Eu vou falar das questões relacionadas ao texto e a questão que precede. Qual é a questão preliminar? O grupo considerou que esse momento é muito corrido, de leitura muito corrida, um tempo bastante denso. Então, solicitamos que levemos esse documento para nossos Estados, conversamos com nossos grupos e possamos trazer em outro momento uma analise mais criteriosa a respeito dele. Essa é uma questão preliminar.

Outra questão, não é em relação aos tópicos, mas em relação ao texto como um todo. É de se suprimir onde tem a Universidade, substituir por IES Públicas. A outra questão tivemos posta pelo grupo, em relação ao ponto 2, quanto introdução não analisamos, analisamos a questão do ponto 2. Vimos a questão do seminário nacional, estão pensados três seminários nacionais, como vimos a dificuldade dessa analise mais criteriosa nesse momento e nos foi pedido proposta em relação a formação estadual pensamos que esse momento é de nos conhecermos, de termos o primeiro contato, que já foi posto pela mesa de vermos o documento e que tivéssemos outro seminário nacional após esse e aí sim para organização e planejamento das ações dos Estados. Essa é uma proposta do grupo. As questões são essas e depois a gente pontua cada ponto do documento.

(1) Flexibilizar todo o cronograma, dilatando, pois esta foi considerada inviável para o grupo. Até porque sugerimos também outro seminário.

(2) Não finalizar a analise da proposta neste seminário, já coloquei para vocês.

(3) Uniformizar a linguagem do documento, IES públicas. No formato atual há situações onde aparece Universidade e outros que o termo é IES.

(4) Questões especificas quanto ao processo de articulação institucional.

(5) Integração. Qual o papel das IES públicas e das SEDUCS nesse processo? Esclarecer um pouco mais.

(6) Tempo, como constituir junto as SEDUCS e IES públicas. É uma questão que foi posta pelo grupo.

(7) Não esta claro quais instituições receberam o recurso em 2013 para esta formação. Com relação a isso alguns Estados disseram que não receberam o recurso, a exemplo do Maranhão. Eles tiveram muita dificuldade, até mesmo para compreender esse processo.

(8) Tem uma questão que foi vista como polêmica que é a formação dos formadores regionais ser realizada estritamente por professores das Universidades e que atuam em licenciaturas. Essa questão foi colocada pela região Sudeste. Talvez trocar estritamente por preferencialmente, mas que não fique estritamente por professores da Universidade.

(9) Outra questão é a relação cursista, orientador e formador. Também foi colocada por outra região. 50 para 1 é considerado muito alto, assim não garante que haja um diálogo. Isso tanto do orientador quanto dos formadores. O documento inclusive em determinado momento apresenta 51, 41. A minha sugestão pessoal é que fosse no máximo 30, mas o grupo não definiu, só colocou a questão como um problema.

(10) Reuniões para formação, acompanhamento e avaliação. A sistemática não está clara.

(11) Necessidade de criação de ambiente virtual para acompanhamento do programa, difusão da produção dos cursistas. Esse é um mecanismo que considero interessante de diálogo.

(12) Processo formativo dos professores. Como contribuir na versão preliminar dos cadernos na primeira etapa, apresentados nesse seminário? Ver estratégias, tempos e instrumentos. Porque foi dito que o documento não esta fechado. Como é que vamos, e que caminhos vamos ter para dar o feedback pra vocês? Em que momento?

(13) Produção do material didático para a realização da segunda etapa do curso, não repetir o que foi feito em relação à primeira fase o caderno, está praticamente pronto, mas que haja uma maior contribuição das universidades, das secretarias de educação neste processo de construção e dos professores também. Três sugestões, um caderno de orientações gerais sobre a metodologia da informação porque temos cadernos específicos em relação à formação, mas algo que oriente pedagogicamente no campo metodológico.

(14) Percurso formativo e abordagem metodológica, necessidade de se pensar em estratégias de sensibilização e mobilização para o envolvimento de professores desde o inicio do processo, por exemplo, orientadores de estudo sejam indicados pelos professores de cada escola atendendo o perfil pré-estabelecido, mas é interessante que até foi posto no grupo: como vai chegar à informação desse processo de formação na escola? É importante que ele chegue de uma forma que os professores se sintam motivados e interessados por esse processo.

(15) Preocupações das secretarias em como viabilizar a carga horária do professor para participar do curso, tendo em vista a necessidade de cumprir a carga horária do ano letivo. Como constituir as equipes de coordenação dos estados onde há mais de uma IES pública envolvida? A estrutura proposta no documento não contempla essa situação, e ainda tem outra questão, tem um caso a exemplo do Rio Grande do Norte que tem quatro instituições, outras mais tem o comitê gestor e comitê da universidade, há uma preocupação com o grupo que um sobreponha o outro, é importante que haja uma coordenação geral que se envolva. Por que se nós tivermos um comitê em cada universidade aqueles estados que tem muitas IES fica complicado inclusive para as secretarias, falo aqui como secretaria para disponibilizar três supervisores, por exemplo, para sete universidades ou sete IES, três supervisores para cada comitê é inviável vai a equipe toda do ensino médio e ainda temos que pegar emprestado.

(16) Inserir representante dos professores cursistas no comitê estadual, essa é uma revindicação nossa, por conta da perspectiva, tem o orientador que é o professor da escola, mas ele esta como perspectiva de formador, ele é formado num determinado momento e no outro formador na etapa final. Então é importante trazer para o comitê aquele que tem a perspectiva do formado nesse processo, o cursista.

(17) Previsão de pagamento de bolsas para os diretores que participarem dos comitês estaduais foi uma solicitação também do grupo e incluir no grupo de cursistas professores concursados que ingressaram nas redes após o senso escolar de 2013 considerando que vários estados estão realizando concurso e que deve estar chegando pessoal novo nas escolas do ensino médio.

(18) Questão polemica, inclusão de bacharéis como professores formadores nas IES públicas, isso porque sobre tudo na segunda etapa os recursos de física e química, por exemplo, que não há professores licenciados e sim bacharéis e o perfil apresentado não contempla essa formação.

(19) Necessidade de definir imediatamente a possibilidade de acumulo de bolsas para viabilizar a construção das equipes, sabemos que já é uma preocupação de vocês, mas se tivermos uma brevidade na resposta a essa questão, facilita o trabalho nos estados e a definição de carga horária para os orientadores de estudo, coordenadores e coordenadores adjuntos ao programa.

Eram essas as questões que pautamos na nossa discussão, foi quentíssima como o Nordeste é sempre. Agradeço a todos pela atenção e se tiver mais alguma coisa para ser complementada pelo grupo, do qual eu deslizei, peço que complemente. E me desculpem pelo incidente, pela falta de material.

Sandra Garcia: Vamos fazer essa alteração. O Sul está pronto com o material? Pode vir.

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REGIÃO SUL

Telma: Os apontamentos não digitamos como os outros grupos, mas nos comprometemos a digitar e enviar para vocês. Uma questão que discutimos e que é importante ficar claro para todos aqui, é que o PACTO vem a somar com as ações que o Estado já vem desenvolvendo no sentido do Ensino Médio.
Que os Estados se prontifiquem a pensar junto com as Universidades e Institutos Federais a produção de materiais das áreas especificas, como é o caso do Ensino Médio integrado. Que autores e pesquisadores juntem-se com professores para produção de materiais da segunda etapa de formação. Esses professores orientadores, pesquisadores e professores, tem que ser uma indicação conjunta das Universidades e dos Estados.

O Estado reconhece a certificação para progressão desses professores. Que as secretarias façam uma articulação maior com as regionais para que as informações cheguem de forma coerente na escola. Indicar que os orientadores de estudo seja preferencialmente o pedagogo, por essas outras questões que os Estados já colocaram, pela facilidade de sair da escola, sem prejuízo ao aluno. Podendo o professor com disponibilidade de tempo também ser esse orientador. Informar sobre os recursos que as Universidades receberão para essa formação. Propor o seminário para fevereiro. Como também os outros estados já apontaram. E a importância da presença do comitê gestor.

DEBATE SOBRE AS PROPOSTAS:

Sandra Garcia: Queria fazer um exercício com vocês, vamos ter que prestar bastante atenção porque são encaminhamentos até discordantes de grupo para grupo e ficar atentos a essas questões. Vamos começar a pensar, estamos falando da escola estamos imaginando que possam ter 30 professores, mas podem ter 12 como pode ter 200. A Professora Yvelise ontem mencionou, que em uma escola com 200 terá mais orientadores e uma escola que tem 15, na região de Roraima onde é a única escola de ensino médio o orientador será para os 12, 15 professores que estão na escola.  Ou seja, essa é uma media que estamos colocando, sabemos da diversidade, que estamos num país de distâncias, de regiões mais populosas, regiões menos populosas e queremos que toda a escola faça essa discussão, que todos os professores façam essa discussão.

Então, quando apresentamos 20.000 mil escolas e 20.000 mil orientadores de estudo isso pode ter uma variação muito grande, pode ter uma variação em relação a cada estado. Isso terá que ser apresentado numa mesa, vamos sentar com cada estado e teremos que dizer um pouco como é que essas escolas estão distribuídas em cada estado, vamos pegar o estado do Paraná do qual conheço bastante, por exemplo, não vamos ter um formador por núcleo regional, a proposta é um formador a cada 50, isso difere aqui no Paraná, por exemplo, a Professora Yvelise lembrou a região de Loanda, que deve ter em torno de 50 escolas, será um formador naquele núcleo, mas não necessariamente será respeitado à nucleação que cada estado tem, pode ser que alguns estados tenham a forma de organização diferente, que tenham mais escolas e outros que tenham menos escolas, mas então isso será aproximado em relação a essas gerências, núcleos regionais. O Mato Grosso do Sul, por exemplo, não tem essa divisão regional então isso será tratado em cada estado.

Vamos pensar escola, orientador, professores, grupo de professores, um orientador de estudos para no máximo 30 professores.  Vamos para o formador, esse formador, que estamos chamando de formador regional, é um professor. Pediram para verificarmos esse critério em relação a esse perfil, vamos olhar o que vocês colocaram e faremos essa releitura do texto e enviaremos novamente para vocês e vamos fazer um movimento de ir e vir para podermos avançar. Nas reuniões com cada estado isso também vai avançar porque veremos cada realidade. Então professor, orientador de estudo, formador regional e vamos chegar à universidade. Na universidade tem coordenador geral, coordenador adjunto, os três professores supervisores que serão das Seduc indicados por elas, e começa um problema que alguém colocou em relação a alguns estados que tem varias universidades trabalhando juntas. Teremos que fazer uma discussão geral enquanto comitê gestor estadual, como vai ser essa composição, por exemplo, é o caso de Minas Gerais que tem quatro ou cinco universidades envolvidas, teremos que ter uma organização estadual em ralação a isso. É o exemplo de São Paulo, acho que já resolvemos um pouco a situação, São Paulo tem a Federal de São Carlos, e depois temos três grandes universidades estaduais que é a Unicamp, UNESP e USP. A solução que encontramos é a Universidade de São Carlos ser a coordenadora, com a coordenação adjunta dessas três outras universidades, não estou dizendo que o arranjo de São Paulo vai ser para todas as outras, mas estamos olhando para cada estado o tentando fazer essa configuração de como vai ser o trabalho. Por exemplo, aqui no Paraná temos duas Universidades Federais, a Universidade Federal do Paraná e a Universidade Tecnológica Federal as duas ficam em Curitiba é obvio que as universidades estaduais de Londrina, Maringá, Noroeste e Guarapuava terão que participar desse processo também, mas não necessariamente recebendo recurso diretamente nessa universidade, mas terão que participar para chegar ao interior do estado do Paraná, é claro, e isto vai acontecendo.

Agora, uma coisa que foi colocada por uma região, e essa vamos bater o martelo, a Professora Yvelise colocou muito bem ontem, Jaqueline também, vamos trabalhar com as universidades públicas, isso o Ministério da Educação não abrirá mão. São universidades públicas que já recebem recursos para isso e que receberão um recurso a mais, e tem a responsabilidade no sentido de trabalhar com a formação porque é o Ministério da Educação que vai desenvolver a ação e isso já é uma decisão do Ministério, são as universidades públicas sejam estaduais ou federais, mas serão elas as responsáveis com a secretaria de educação pelo processo de formação. Então essa é uma dificuldade que é uma das questões apontadas que não poderemos atender neste caso.

Flexibilidade do cronograma, claro, ontem e hoje de manhã a Yvelise já mencionou isso, pensamos no ideal, gostaríamos muito que em novembro, dezembro acontecesse o seminário estadual e fevereiro todos pudessem estar fazendo a formação e que no prazo de até dezembro conseguíssemos finalizar. Também sabemos que existem diversidades e que, portanto, os estados iram ter que apresentar qual é a sua proposta de cronograma e iremos negociar caso a caso, cada situação é uma situação e deverá ser negociada.

A proposta de que vocês possam ter um tempo para dar um número maior de contribuições em relação ao documento desencadeador, 15 dias acho que é um período que não tem problema e isso pode valer para todas as regiões não só a região que propôs, mas podemos abrir e deixamos o e-mail para vocês. Este e-mail vai centralizar tanto as Seduc como as universidades, melhor seria que em cada estado as Seduc e universidades sentassem e fizessem as questões que são necessárias que vocês acham que deveria estar alterada, não há problema nenhum. Também na conversa aqui, a partir do que vocês falaram decidimos que faremos, podemos marcar aqui o prazo de 15 em 15 dias.

O CONSED tem uma representação nesse grupo de trabalho de formação um por região do país, fizemos uma primeira reunião, vamos chamar uma segunda reunião dos representantes do CONSED que deverão trazer as contribuições de suas regiões. Por exemplo, o Fabio representa a região sudeste, ele terá que trazer as contribuições de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e assim sucessivamente, não vamos conseguir fazer uma reunião para tratar das questões do geral, do programa com todos, mas vamos sentar com os representantes regionais. Isso não descarta as reuniões que iremos fazer por estados, com as universidade e secretarias de educação, vamos fazer nesse período, mas também para aprimorar o programa na sua totalidade, aquilo que é especifico de cada região, de cada estado, vamos tratar com cada estado o que é geral, que tem que ser para todos. Então, vamos chamar o grupo que já foi indicado pelo CONSED com os representantes nesse grupo de trabalho de formação de professores e também vamos chamar uma representação das universidades.  Poderíamos pensar regionalmente, fazer essa combinação aqui para que façamos, na verdade vai ser um primeiro movimento que vamos chamar futuramente de Comitê Gestor Nacional do programa, que vai ser composto por universidades, pelo CONSED, que vai organizar o material pedagógico e que é responsável por isso que no caso dessa etapa é a Universidade Federal do Paraná e mais o Ministério da Educação, podemos fazer um movimento para tudo isso acontecer agora.

Em relação aos recursos algumas universidades não receberam recursos ainda, fizemos uma reunião com a maioria das universidades que receberam recursos em Brasília, foram 31 universidades das quais muitas estão aqui, mas temos alguns estados que não receberam recursos, estamos identificando quais são estes estados para podermos fazer um diálogo com essa universidade para resolvermos como é que vamos poder repassar o recurso. Quero citar o exemplo de São Paulo, a Universidade de São Carlos recebeu 60 mil reais, não vai fazer nem cócegas na demanda que o Estado de São Paulo tem, temos o Rio Grande do Sul que não tem nenhuma universidade que recebeu recurso, então teremos que repassar recursos para eles. Para o ano que vem, começamos o processo com todas as universidades parceiras já listadas e que já receberam recursos suficientes para o trabalho dos seminários, dos encontros, tudo que vai ser realizado no próximo ano. Vou passar para a Yvelise para ela colocar algumas questões e se eu lembrar outras vou falando também.

Yvelise Arcoverde: Antes de iniciar eu quero pedir desculpas porque foi muita coisa de tarde e não enxergávamos aqui direito e estava passando muito rápido eu tentei pegar as coisas que vi. Assim, que são mais cruciais, mais gerais em relação ao programa. Vi que há muita recorrência de alguns temas e em cima dessa recorrência acho que cabe maiores explicações. Depois até vocês podem retomar, para nós caso fique ainda alguma dúvida mais séria.

Quero dizer inicialmente, dizer novamente, que contratamos avaliadores para esse trabalho do Ensino Médio em cada um dos Estados. Então temos 27 pessoas que estão aqui entre vocês, que acompanharão esse trabalho, podem ser nossos interlocutores, farão essa articulação. Nesse momento eles têm três atividades principais que nós do MEC solicitamos a eles: Apresentar um diagnóstico do Ensino Médio por Estado, que embora tenhamos, que todos tenham, que todos sabem, nem todos os dados estão ao alcance de todos. Especialmente dados atuais, às vezes temos dados que já estão ultrapassados. Então esse AAE, esse nosso avaliador vai trazer esse diagnóstico em cima dos dados do INEP e checado com os dados dos Estados, em cima da discussão de proposta curricular, quer dizer, o que tem realmente nesse momento de proposta curricular. E especialmente um trabalho de se enturmar, que nós falamos. Que seria esse primeiro desenho de uma logística para essa formação dentro de cada Estado.

É muito difícil, acredito que vocês hão de convir comigo, fazer um desenho único, para o Brasil, de formação. Nós temos situações aqui, e me sensibiliza muito, especialmente a região norte, quando novamente reforça e com toda a razão, as suas questões. E concordando, foi até em termos de piada, com o que foi colocado aqui que era o conhecimento historicamente construído e disseram “geograficamente”, eu acho que temos que pensar assim, que o materialismo histórico do Norte, temos que pensar geográfico também, me perdoem os teóricos, mas realmente é.

Temos uma conjuntura, uma estrutura que é bastante complexa e tem que ser pensada diferentemente, não dá para pensarmos dentro do sentido urbano, industrial das nossas grandes capitais e das grandes cidades. E logicamente queremos atender a todos. Então esses AAE’s estarão juntos com vocês nas Secretarias. Pedimos para fazer contato com o Coordenador do Ensino Médio para que ajude a fazer esse trabalho e fique em contato conosco. Haverá então essa reunião do GT de Formação em Brasília, temos os nossos cinco representantes. Até esse momento era muito frágil, inclusive a representação deles, porque não tínhamos um programa com o martelo batido, tínhamos uma ideia, tínhamos uma proposta, mas as coisas ainda estavam muito tênues. Acho que a partir de agora vocês têm a referência, cada um sabe quem é o representante do CONSED no GT da Formação, e será com essa pessoa, que nesse momento faremos um contato para que recolhamos esses dados, desses 15 dias que muitos solicitaram, para que vão pensando junto com o seu Estado, pensar com seus pares e tragam mais contribuições para refazermos esse documento. Daqui, acredito que de 15 a 20 dias, que deu tempo a vocês, chamamos o GT para reescrevermos o documento a partir desses dados.

A questão do calendário, eu disse que o calendário é flexível, mas temos algumas variáveis. Vou apresentar um exemplo para vocês de uma confusão que pode dar em relação ao calendário. Quando estabelecemos um calendário de início e de final desse processo, dessa primeira e segunda etapa, estabelecemos um calendário que corresponde também a um valor de pagamento de bolsas.

Essa questão parece ser assim, eu não estou querendo fazer uma discussão econômica e financeira com vocês, mas a bolsa corresponde a um esforço do professor e uma contrapartida do Governo em relação à isso, um incentivo que é dado ao professor em relação à bolsa. Se um Estado começar em março a formação na escola e for até dezembro como era a nossa proposta, os professores vão trabalhar 10 meses e vão receber 10 bolsas, tudo bem, é 200 reais, é muito pouco, é um incentivo, é um início. Mas estamos contabilizando isso, se multiplicarmos 200 por 400.000 mensal dará um volume grande, de bilhão, estamos falando de bilhão. Então vejam, se um outro estado começou em fevereiro e foi até dezembro, o outro vai começar em julho, vamos dizer que não deu pra começar, fez a formação em março ou em abril, o professor que vai começar em julho, ele vai receber no ano que vem somente as bolsas correspondentes ao período em que ele estiver trabalhando. Não poderei cumprir a segunda etapa, e veja, eu tenho um sistema nacional que vai coordenar isso.

Só estou dizendo para vocês que é bastante complexo fazer essa engenharia, não é simples, tem uma solução? Tem. Talvez alguns até já estejam matematicamente pensando como é que se resolve. Mas é difícil, temos no Pacto da Alfabetização essas situações, você acaba sendo, às vezes, injusta com quem começa no período certo, você acaba sendo injusta com aquele que tenta recuperar aquilo que ele não fez, porque não pode pagar duas bolsas num mês, que a Lei não permite isso, entende? Então não é só uma questão de sermos flexíveis, porque vamos ser bonzinhos para atender a solicitação de vocês, vamos ter que pensar em cima da realidade objetiva, de dados concretos que teremos em mãos. É possível? É possível sim mexer, mas vocês vão ter que entender também que administrar isso em termos de bolsas não é tão simples assim. Então o que eu pensei, 10 meses, quem fizer 6 meses da primeira etapa receberia ano que vem 6 bolsas, 6 meses de bolsa. Mas só que ficariam pendentes as outras 4 pra 2015 que emendará com outras, sabe, então é bastante complexo isso.

O valor das bolsas que nós temos atualmente. Como o programa não foi pactuado ainda, temos o “ok” do Ministro, e hoje falamos na hora do almoço com o Secretário da Educação Básica, e o Ministro anunciou mesmo o valor que temos hoje em dia, mas o orçamento não está votado ainda, depende de votação. Por isso eu diria para vocês muita cautela no sentido de “olha, vai receber isso.” Pode receber, mas pode ter alteração. Qual é o valor da bolsa? Coordenador geral, R$1.500, mensal. Coordenador Adjunto, R$1.400. Supervisor, R$ 1.200. Formador Regional, 1.100. Orientador de Estudo, R$ 760. Professor da escola, R$ 200. Esse é o valor que administramos no Pacto da Alfabetização, com uma diferença que vocês vão descobrir depois, e vão dizer “a Yvelise não falou isso”.

No Pacto da Alfabetização, o Coordenador Geral, sinto muito dizer isso aqui, mas eu quero deixar bastante claro, No Pacto da Alfabetização, o Coordenador Geral recebe uma bolsa de R$2.000, ele tem esse valor diferenciado porque foi feita uma lei específica do Pacto da Alfabetização, e assinado naquele momento pela presidência, o aumento para 2.000, o valor da bolsa do Coordenador Geral, dada até as dificuldades que tínhamos dentro das Universidades encontrar pessoas que lidassem com a Alfabetização, mais difícil ainda que com o Ensino Médio. E não conseguimos com a atual lei passar, pelo menos nesse momento, de 1.500 pra 2.000. Então esses são os valores que estavam aí sendo questionados.

Em relação aos grupos indígenas, às comunidades do campo, floresta. Existe todo um atendimento pela SECADI, Secretaria que atende a diversidade, entendo que podemos fazer uma articulação, como já faço em outros programas. Mas o material, salvo engano, e isso eu posso por para discussão com vocês, esse material ele é universal para todos os professores, essa discussão de Ensino Médio, independente da comunidade ser indígena, de ser povo da floresta, de ser comunidade do campo, ele é um material para ser estudado por todos os professores. Logicamente existe um trabalho a ser feito com as comunidades específicas, que podemos inclusive pedir um material a mais para SECADI estar articulando com as Universidades, para que sejam produzidas, mas esse material em princípio, ele é o mesmo. O que poder mudar, a ideia de mudar assim é na nossa conversa individual com cada Estado e Universidade, repensar algumas logísticas da Formação. Porque sabemos que nem sempre é fácil chegar em alguns territórios que são mais distantes, mais difíceis o acesso.

Em relação ao perfil. Eu gostei que vocês discutiram o perfil, fizemos isso muito fechado entre nós, discutindo na sala, no MEC. E está aberto o perfil para os profissionais, sabemos que há uma diferença de região, procuramos até em cima do nosso “feeling” dizer “não, vamos manter”, antes só tinha mestrado e doutorado, “vamos manter aqui especialização que talvez não tenha no quadro ainda do Estado” , entendemos que especialização era o nível mínimo para formação dos formadores, eu entendi dessa forma. Agora, se no Estado for assumido que não há de fato professores formadores com especialização, vamos discutir particularmente e abrir exceção, a gente abre uma observação específica para o Estado. Creio que nessas alturas da nossa realidade com os processos de formação, podemos indicar como caminho a especialização dos nossos formadores, no mínimo a especialização, sei que tem dificuldades, não estou minimizando as dificuldades dos Estados. Mas eu creio que devemos tratar essas precariedades na observação ainda, com asterisco, e não na característica geral.

Quando falamos preferencialmente, o orientador de estudo ser o articulador do ProEMI, é que já temos na escola o articulador, nas escolas que tem o Ensino Médio Integrado, e ele não ganha bolsa, e pensamos, há uma possibilidade de ser o mesmo. Mas colocamos preferencialmente, e achamos que é importante que seja para nós, é importante que seja a mesma pessoa. Agora lógico, se ele coordena o Mais Educação, se ele coordena o Pacto da Alfabetização, é uma questão de bom senso. E muito do que vocês colocaram daqui para frente eu anotei, acho que é uma discussão que pode ser feita nos fóruns estaduais, não tem nada assim tão sério que quebre a lógica do programa de formação, e que podemos estar discutindo e acatando sem maiores riscos de quebrar a lógica do sistema, mudar um pouquinho aqui, um pouquinho lá, acho que faz parte buscarmos uma unidade nessa diversidade que é o país.

Só pra encerrar mesmo, eu fiquei com algumas dúvidas, vou ler com mais cuidado, mas eu até tentei ler no que estava posto ali. Eu não entendi algumas colocações especialmente do Mato Grosso do Sul que falava sobre a dificuldade de professores formadores. E eu pergunto quais formadores? Porque ficou vazio e eu não entendi na hora em que estavam apresentando.  A dificuldade com a logística, só estava escrito dessa forma, e eu não sei qual a dificuldade, eu acho que teremos que sentar e discutir. E eu peço para que o representante do CONSED do Centro-Oeste busque anotar essas questões do Mato Grosso que ficaram um pouco vagas, para mim ficaram vagas, logicamente que não iam fazer uma dissertação, mas eu não entendi qual era a proposta, só entendi que ficou um problema em relação á formação, a logística e ao número dos encontros.

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Professora Edna (Mato Grosso): Quando a gente começou a discutir a quantidade de encontro de três horas na escola, pensando no professor orientador para esses encontros, pensamos inicialmente em diminuir a quantidade de encontros e aumentar o tempo de permanência nesses encontros, foi essa a sugestão. Quanto à questão dos formadores, discutimos também, temos 3 Universidade Públicas, e mais Instituto Federal que não está aqui representado mas que também trabalha com formação, e temos as instituições particulares que não sabemos como poderíamos, de repente, envolver, que também trabalha na capacitação, e achamos também que fosse importante depois levarmos essa conversa. Mas a ideia é assim, nesse primeiro momento mapear o que nós temos de formador para ver se temos formadores suficientes para atender toda a demanda do Estado.

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Yvelise Arcoverde: Então tinha a dificuldade dos professores formadores. A professora Sandra já colocou que a nossa proposta é com as Universidades Públicas, existe uma aceitação do próprio MEC de poder inclusive trabalhar talvez com algumas instituições que já tenham na sua história um trabalho junto à licenciatura e formação de professores como algumas instituições que trabalham bem, deste que estejam bem avaliadas. Isso não significa abrir a porta para a iniciativa privada, porque é um risco muito sério, mas como que se dá? Não vamos colocar a coordenação em outra instituição. Pode ser feito algum convite para um professor formador, como por exemplo, aqui na PUC do Paraná temos um professor que atua com juventude, mas de repente ele poderá estar discutindo isso, sendo chamado para a formação. Então esse arranjo é possível, mas não vamos passar nenhum recurso para instituição privada, porque temos públicas suficientes para atuar nesse sentido.

Então é basicamente isso. Não sei se ficou alguma dúvida. As dúvidas dos 30 e 50 professores, a ideia que fechamos era 30 professores por escola, para cada orientador de estudo e pensamos em fechar 50 professores. A turma de 50 orientadores de estudo para fazer a formação. Entendemos que não é difícil atuar com 50 professores em uma formação que é uma formação inicial, discutir conceitos, discutir o caderno, para que depois esses orientadores vão para a escola. Em todo caso podemos até estar revendo isso, mas junto com a questão de enturmar, porque não vão ser tantos orientadores, se vocês fizerem o calculo nas escolas de vocês, dividir por 30 o número de professores, dividir lá por 50 o número de orientadores, por núcleo regional, por coordenadoria vocês verão que o número não vai ser tão grande assim. Então é isso, se eu deixei alguma coisa vocês por favor me perguntem.

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Mônica Ribeiro: Eu vou lembrar a partir de algumas questões que foram ditas, a respeito primeiro da produção de material da segunda etapa. Nós teremos, iniciando agora, uma dessas etapas. Não tem sequer grupo constituído ainda. A ideia era justamente colocar essa primeira etapa em andamento para que pudéssemos começar a elaborar o material para a segunda etapa. Quem vai acompanhar a produção desse material é o comitê gestor nacional que tem representantes de todas as regiões.

Se vocês olharem na proposta está dito que haverá, para acompanhar a formação, um comitê gestor nacional que não se confunde com os gestores de fórum, de formação de professores. É um comitê gestor nacional para essa formação composto por pessoas das SEDUCs e das Universidades de todas as regiões do país. E essas pessoas farão todo o acompanhamento, não fizeram no primeiro porque não existia esse comitê. E farão todo o acompanhamento e o diálogo, evidentemente, com as suas regiões, no processo de produção desse material.

Da para compreender também que para uma escrita ágil, inclusive desse material não podemos fazer aquele movimento de que vai para base, volta, base, volta, vamos levar 10 anos para produzir. O que é possível assegurar, por exemplo, teremos especialistas de todas as áreas do conhecimento. E termos professores de escolas escrevendo junto. Para que a consigamos fazer todo esse movimento de interlocução com o dia a dia da escola, do ensino de química, do ensino de sociologia, mas também com especialista e o nosso diálogo principal são as diretrizes nacionais.

Também queria tranquilizar as pessoas em relação à produção do primeiro material. A produção desse primeiro material não foi um ato de arbitrariedade. A decisão dos temas, foi a partir dos temas que estão nas diretrizes. Olhem lá, não precisa acreditar em mim. Peguem o parecer 5 de 2011. Olhem os tópicos do parecer, foi daqui que eles tiraram os temas. Foi só isso e nem poderia ser diferente. Se o debate da primeira etapa são as diretrizes nacionais, os cadernos teriam que ser isso. E obviamente a eles acrescidos, outros autores, outros diálogos, outros materiais, mas a linha condutora desse debate da primeira etapa são aqueles cadernos.

Outra coisa que eu queria lembrar. Este ano, os recursos que foram para as Universidades, dos quais as professoras Yvelise e Sandra já falaram, eles foram como o nome Ensino Médio Inovador e esta na Universidade, recebemos recurso para fazer essa formação. Não é para fazer outra coisa. Não vai ter a rubrica “formação de professores”, não tem. Se gastaram com outra coisa gastaram indevidamente, porque inclusive foi sinalizado para os nossos reitores que aquele recurso deveria passar por um projeto modelo SEBE que seria aprovado pela SEBE. Porque o recurso chega na Universidade e ele mergulha em um turbilhão de demandas, mas este veio sinalizado “LOA – ensino médio inovador” é para fazer essa formação. Por último eu penso que nas universidades, a equipe que vamos formar, tanto na primeira etapa como na segunda, tem que ser pensada a partir de um elemento de integração entre as áreas. Ainda que tenhamos professores da sociologia, biologia, filosofia, química, se a ideia é pensar uma proposta mais integrada entre as diferentes disciplinas, saberes, entre outros, a nossa equipe que contemple se possível uma perspectiva mais integrada.

Sobre a última fala da professora, se teremos formadores no estado, quem fará a formação são os orientadores de estudo, não são palestrantes tradicionais, é o orientador de estudo que fará o diálogo com esse professor, com o grupo de estudo dentro da escola. Esses formadores serão formados nesta sequência: universidade, formadores regionais. Ainda que tenhamos que convidar outros colegas para seminários, um eventual palestrante ou conferencista, mas o processo de formação se dará com os próprios professores. Acho que esse é o ganho aqui, articulamos especialistas na universidade, pesquisadores, esses professores das escolas, para um amplo processo de formação em rede na escola. Então, acho importante rompermos com a visão tradicional de formação continuada, que é de eventos e cursos rápidos que vou assistir e saio milagrosamente reformada, não é essa a proposta de formação continuada que está posta aqui. A proposta é de formação continuada continua, ao longo de um ano todo, a partir do chão da escola. E não de grandes eventos, sejam eles quais forem, em que ouvimos um palestrante ou outro, e desculpem, às vezes achamos que eles estão iluminados, mas não estão, e perdemos de vista o diálogo direto com a escola, é inverter essa lógica. Teremos em todos os estados formadores, porque eles serão nossos professores, das redes e das universidades.

Enfim, o que tinha para comentar era isto. Enviaremos todas as apresentações aqui por e-mail para todos vocês. Caso não recebam, vocês tem nosso e-mail, nos comuniquem. Estamos também organizando, a partir desse seminário um site em que hospedaremos todas as informações dessa formação. Além disso, temos o Portal EmDiálogo, que ancora muitos dos textos e vídeos sugeridos.

Curitiba/PR, 01/11/13.

Abaixo, imagens dos grupos de trabalho durante as discussões regionais.

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