Professores do ensino médio da rede pública do Paraná participaram hoje do módulo 3, sobre Educação Indígena, com a presença do Professor Dr Wagner Roberto do Amaral, da UEL. Doutor em Educação e formado em Serviço Social, Wagner é professor atualmente da Pós Graduação de Politicas Sociais na Universidade de Londrina.
Este é o terceiro encontro de mais de 80 professores inscritos no Curso de Extensão Modalidades de Ensino, ofertado pelo Observatório do Ensino Médio da Universidade Federal do Paraná. O Curso surgiu atendendo a uma demanda de continuidade solicitada pelos professores que participaram das etapas 1 e 2 do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. O Pacto tinha como previsão a realização de uma terceira etapa, mas isso não ocorreu por interrupção do atual governo.
Para Wagner, vir falar com os professores de ensino médio sobre educação indígena é de extrema importância, por ser um tema muitas vezes pouco tratado. “”É fundamental realizar esta reflexão porque é preciso ressignificar junto aos educadores com mais profundidade a realidade dos povos indígenas do Paraná e Brasil. E, desta forma fortalecer e afirmar a emancipação destes povos”.
Além do módulo Educação Indígena, já foram realizados outros encontros como o que tratou sobre Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional. A previsão é realizar até o fim deste semestre, mais dois módulos que tratarão sobre Educação do Campo e Educação Especial. Os cursos se baseiam no Caderno Modalidades de Ensino elaborado pelo Observatório do Ensino Médio, com a contribuição de professores e pesquisadores.
REFORMA DO ENSINO MÉDIO
Antes do início da segunda parte, no período da tarde, a Professora Dra Monica Ribeiro da Silva, coordenadora do Observatório do Ensino Médio da UFPR, resgatou a história de resistência de professores, pesquisadores e estudantes contra a aprovação da Reforma do Ensino Médio. Monica também conscientizou os professores presentes sobre a necessidade de acompanhar a implementação da reforma, já aprovada, apesar da reprovação da maioria dos envolvidos no tema. “ Não sabemos, por exemplo, quais critérios que as secretarias vão estabelecer para, por exemplo oferecer os itinerários formativos nas escolas. Não há nenhuma possibilidade de implementar uma Reforma que já não tem adesão por parte da comunidade escolar, e ainda fazer isso sem diálogo,” afirmou.