Com a finalidade de proporcionar ampla discussão sobre o Projeto de Lei (PL) nº 6840/2013, destinado à reformulação do ensino médio no Brasil, professores e Pró-Reitores da Instituições de ensino vinculadas a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, reúnem-se no Fórum de Ensino (FDE). O Fórum acontece durante os dias 06 a 08 de maio, no Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Campus Manaus Centro (CMC), simultaneamente a 42ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF) e o Fórum de Desenvolvimento Institucional (FDI).
Elaborado pela Comissão Especial destinada a promover Estudos e Proposições para a Reformulação do Ensino Médio (CEENSI) da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PTMG) e que tem como relator o deputado Wilson Filho (PTB-PB), o Projeto de reformulação do ensino médio altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para propor à grade curricular de ensino a adoção de áreas de conhecimento e não mais disciplinas, além de mudanças na carga horária e estabelece idade mínima para ingresso nos turnos diurno e noturno. Caso seja aprovado, os alunos poderão escolher áreas como linguagens e matemática, ciências da natureza e humanas ou formação profissional que determinará sua formação após a conclusão do ensino médio. Caso queira optar por outra área de conhecimento, será obrigado a repetir o terceiro ano.
Segundo a palestrante Sandra Regina de Oliveira Garcia, professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que compôs a Mesa redonda “A reformulação do Ensino Médio”, nesta quarta-feira, 07 de maio, o projeto em tramitação no Congresso Nacional, levanta opiniões diversas sobre sua implementação e deve ser rediscutido por profissionais de ensino e gestores da Rede Federal.
“O PL apresenta àreas de conhecimento que não podem ser mediadoras de todo o processo de formação do aluno. É necessário que se possa discutir amplamente com as entidades de educação, pois ainda se verifica o desconhecimento dessa proposta por grande parte dos professores das redes públicas e privadas de ensino”, disse Sandra Regina que acrescenta que a problemática do PL se deve a falta de conciliação com a política de educação implementada no país.
De acordo com a programação, o encontro propõe além de analisar a Reformulação do Ensino Médio, informar os participantes quanto ao Plano de Ação do FDE 2014, no que abrange sua apresentação e encaminhamentos, relatar sobre a 1º Reunião do CONPEP e por fim, elaborar o Manifesto do FDE/CONIF sobre o Projeto de Lei em discussão. O evento conta como palestrantes a professora Mônica Ribeiro da Silva, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), representate do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e Diretora do Departamento de Políticas e de Programas Educacionais do CONSED, professora Vera Lúcia Lima.
Debates
O Fórum de Ensino, neste ano de 2014, teve como sede o Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Campus Manaus Centro (CMC). Para o Pró-Reitor de Ensino (PROEN) do IFAM, professor Antônio Venâncio Castelo Branco, o encontro promove uma discussão e conscientização de propostas alternativas ao PL. “A nossa intenção é compreender os elementos dessa reforma no corpo pedagógico e, ajustar ao projeto de lei as suas características e demandas do ensino médio integrado. Essa temática é de suma importância para todos envolvidos na educação”, relatou.
O evento encerra suas atividades na quinta-feira, 08 de maio, no horário das 8h30 às 12h, com a elaboração do Manifesto (Carta de Manaus) sobre a Reformulação do Ensino Médio.
Sobre o FDE
O Fórum de Ensino (FDE) é um órgão de natureza consultiva e de assessoramento ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional (CONIF) e tem por objetivo assessorar as ações referentes ao ensino, acompanhar a evolução das políticas educacionais e a sugerir estratégias focadas na execução dos programas relativos à educação profissional no âmbito do CONIF. O FDE é composto pelos pró-reitores de ensino e por ocupantes de cargos equivalentes das instituições que compõem o CONIF.
Fonte: Instituto Federal do Amazonas, 07/05/2014 – link para localidade original