04/05/2016 – Mesa de abertura – MEC, SEED, UFPR, CONSED, CNE.
Professora Dra. Mônica Ribeiro:
Bom dia a todos e todas, começo o dia com um grande agradecimento ao apoio integral das universidades e nas nossas escolas. Há pouco mais de dois anos e meio, nós estávamos exatamente neste local, com muitas das pessoas que hoje aqui estão. Também, naquele momento nos colocávamos: alguns diante de um projeto de extensão das suas universidades, outros diante de um grande desafio e outros diante de um sonho (é o meu caso). Para que realizássemos uma ação de extrema ousadia porque envolveria uma disponibilidade das Universidades Brasileiras, das Secretárias Estaduais de Educação, do ministério de Educação e, dos professores, gestores, das vinte e cinco mil escolas publicas desse país. Não é pouca coisa, pode não ser a maior ação feita conjuntamente para o Ensino Médio brasileiro, mas foi uma grande ação, uma magnífica ação.
Nós mobilizamos mais de duzentas mil pessoas em torno de um projeto comum, isto é um grande feito. Por isso, se alguém quiser definir qual é o meu sentimento em abrir esse terceiro seminário, eu antecipo, é de grande felicidade, orgulho, vontade de estar aqui hoje e amanhã com vocês falando principalmente do que nós fizemos, porque nós fizemos uma grande coisa, nós temos que estar orgulhosos disto e esse seminário tem essa finalidade, a outra finalidade é de nós pensarmos perspectivas futuras. Como pensar perspectivas futuras num cenário tão incerto como esse que vive nosso país por esses dias. Mas, mais uma vez nós vamos ousar, nós vamos pensar.dois meses e meio atrás, um pouco mais do que isso. Enquanto nós estávamos aqui desenhando, tentando mobilizar essa formação, no mesmo minuto estava em Brasília o Ministro da Educação com os Secretários de Estado pensando essa ação conjuntamente, nós fizemos isso exatamente no mesmo dia… Por uma razão do destino, não porque assim tivéssemos planejado. E conseguimos a partir dali, pactuar uma ação pelo Ensino Médio.
Estas condições objetivas que permitem isso. Este cenário de incerteza, com certeza vai orientar os nossos debates hoje e amanhã.
Então, é com esse espírito ao mesmo tempo de intensa felicidade e alegria, mas de intensa preocupação com os rumos do futuro do Ensino Médio brasileiro é que eu acolho e recebo todos vocês com o meu carinho, com o meu abraço. Muito obrigada.
Profa. Dra. Malvina Tania Tuttman (Conselho Nacional de Educação, CNE):
Bom dia, o Conselho Nacional de Educação (CNE) se sente honrado com o convite de conversar sobre as políticas de formações de professores.
O presidente nacional da educação professor Gilberto Garcia e o presidente da câmara de educação básica Luiz Roberto Alves, que estariam aqui, também, com muita satisfação na medida em que a educação brasileira e em especial o Ensino Médio é foco de bastante atenção e preocupação, também do CNE, eles estariam aqui para participar das discussões e compreender com mais profundidade o importante trabalho que esse programa tem realizado.
Infelizmente nós temos matérias e nesse momento conturbado do nosso país, eles não puderam se ausentar. Esperamos ainda, ao longo desse semestre, possamos receber a coordenação desse importante programa (PNEM) no Conselho Nacional de Educação. Na medida em que temos uma comissão nacional da educação na qual a Professora Malvina faz parte, inclusive preside, que é sobre o Ensino Médio noturno. Mas, nessa questão, falamos e discutimos quanto a ações cada vez mais profundas em relação ao sério problema do EM do nosso país. Finalizando a parte inicial traz um convite para agendamento e a presença do PNEM para escutarmos as experiências que o programa vem realizando há 2/5 anos, para aprofundarmos o nosso relacionamento.
Professora Sueli, representando a Secretaria de Ciência e Tecnologia no Ensino Superior:
Bom dia a todos, em nome do Secretario da Ciência e Tecnologia no Ensino Superior: João Carlos Gomes, trago os votos de que esse evento seja um sucesso.
Temos grande interesse no sucesso desse grande evento, desse grande Pacto. Por conta das sete IES Estaduais que fazem parte da secretaria, todas elas com cursos de licenciatura, quase e exclusivamente com cursos em licenciatura e em todas as regiões do Estado do Paraná. Estar atentos (as) a discussão do que levar ao jovem, de como a escola deve estar preparada para atender esse jovem, para estimula-lo a aprender, ampliar suas perspectivas é um dos nossos grandes desafios. Então, o sucesso desse programa é de grande importância para o trabalho na secretária.
Professora Ceuli Mariano Jorge, representando a Secretaria de Educação do Paraná:
Bom dia a todos e todas, inicialmente quero agradecer o convite para participar dessa solenidade de abertura, convite feito à Secretária de Educação e a superintendente de Educação da Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED), represento aqui em tão e justifico a ausência das mesmas.
Quero parabenizar a Professora Mônica Ribeiro da Silva que coordenou brilhantemente todo processo de articulação, implantação e produção de material do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, com toda sua equipe e junto as noves universidades do Estado do Paraná que estiveram unidas em todo esse processo.
Retomo o fato de ter sido uma ação conjunta que envolveu essas universidades e os núcleos regionais de educação, cada um com um papel, maior ou menor, mas todos importantes pra quê o evento chegasse a sua finalidade. Retomo ainda, a importância do estabelecimento desse pacto envolvendo as 27 unidades da federação, num processo de formação inédito, que integrou as escolas, os professores num processo de formação. Mas não só as escolas; as escolas com as universidades, as universidades entre si, as universidades dos vários estados como um todo. Então, trouxe um processo de integração no qual a reflexão era a palavra fundamental. Uma reflexão que visava também trazer todos os apontamentos das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio nas escolas.
Na primeira etapa da implantação do Pacto no Estado do Paraná, tivemos o envolvimento de praticamente de 27.596 cursistas, então, quando pensamos nesse número e considerando que temos em torno de 1.517 escolas que ofertam o Ensino Médio, vemos que ele foi bastante abrangente, tivemos um saldo bastante positivo. Foram 2,5 anos intensos de trabalho, que no inicio parecia algo praticamente impossível, bastante difícil devido a sua dimensão. Mas, com as dificuldades superadas, contornadas no decorrer do processo ele aconteceu; ele aconteceu e trouxe ganhos para todos os segmentos, as instâncias que dele participaram. Seja para as escolas que puderam refletir sobre suas experiências, sobre sua prática que refletiu no sentido sobre novas formas, novas práticas de ser e tratar metodologicamente os alunos das diferentes juventudes que à escola chegam. É um grande desafio que se coloca hoje para os educadores ou para a as universidades que puderam se aproximar mais das escolas, ou também , para a secretaria da educação que viu a importância em estabelecer esse trabalho, essa ação conjunta com todas as instâncias e essa aproximação com todas as universidades.
Portanto, o saldo positivo deixado não foi somente numérico, mas, provocou um envolvimento muito grande em todas as escolas estaduais e provocou um repensar rumo a um novo olhar para o Ensino Médio. Então que EM nós precisamos para atender essa juventude? E todo esse saldo positivo coloca também uma responsabilidade muito grande a todos aqueles que foram gestores desse processo, em dar continuidade a ele. Visto que isso é o clamor explicito de todas as pessoas que dele participou.
Laura Rossi, representando o Ministério da Educação no Paraná:
Bom dia a todos e todas, é um grande prazer estar aqui nesse seminário tão esperado de avaliação das etapas anteriores, que é importante pensarmos o que deu certo e o que pode ser melhorado e de pensar perspectivas nesse cenário político tão conturbado.
Termos propostas para quem vier é muito importante e é o que nos faz continuar caminhando e foi um momento da diretoria que chama: Diretoria de Formulação de conteúdos educacionais, mas estamos trabalhando como uma Diretoria de Formação e desenvolvimento Profissional, e como a própria ideia de desenvolvimento profissional nos indica a necessidade de formação de todos os profissionais, isso no campo no campo de Educação é mais importante, de uma formação contínua por melhor que seja a formação inicial.
O profissional precisa estar em formação ao longo ao longo da sua carreira, os desafios em sala de aula são muitos. É muito importante estamos aqui nesse momento, que é um momento também de luta por uma formação continuada de professores do Ensino Médio que seja constante e continua.
Prof. Eduardo Barra, diretor de Ciências Humanas:
Bom dia a todos, agradeço a professora Mônica pelo convite de estar aqui. Na verdade eu fui convidado para estar aqui na condição de autor dos cadernos de formação, cadernos da segunda fase de ciências humanas e acabou, também, eu vindo representar a professora Andréa nessa mesa e outros diretores dos setores que abriram cursos de licenciaturas na UFPR, é com enorme satisfação. Porque eu acho que esse é uma ação que há muita expectativa, em todos os setores da universidade ligados aos cursos de licenciatura, é preciso que ações como essa disseminem pela universidade, disseminem em todos os ambientes onde há alguma ação de formação de professores, seja ela das disciplinas especificas da área de formação pedagógica, seja ela nas áreas de formação de conhecimentos gerais que os professores precisam para as suas atividades nas disciplinas especificas.
Posso dizer com propriedade acreditando que foram essas necessidades que me levou a direção do setor de ciências humanas. E quando meus amigos decidiram que eu deveria ser o diretor, eu disse que iria com muita satisfação assumir essa função com um objetivo muito particular: resgatar o objetivo da antiga faculdade de ciências e letras do Paraná, que deu origem ao nosso setor de Ciências Humanas, entre seus três grandes objetivos estava a formação de professores para o ensino secundário isso em 1938, há muitos anos atrás o objetivo que com o passar dos anos foi se diluindo em tantas outras solicitações que as instituições de formação em ciências básicas dentro da universidades brasileiras receberam. Está mais do que na hora de retomarmos esses objetivos dessas unidades dentro das universidades e a figura do pacto como uma atividade como essas é muito oportuno para que esse conceito seja ampliado dentro das universidades.
Que se faça uma extensão desse pacto por todas as áreas da universidade que cuidam da formação de professores, de tal forma que possamos realizar isso, não somente em determinados segmentos da universidade, mas que ele seja verticalizado pela universidade. Isso deu origem a uma proposta que apresentei aos colegas do setor de ciências humanas, que acabou sendo também uma proposta bem acolhida em outros setores, sobretudo no setor de educação de realizarmos um pacto na UFPR, sobretudo nas licenciaturas. Isso eu acho extremamente urgente na universidade independente do contexto em que passamos, independe da situação orçamentária pela qual passamos nesse momento, podemos fazer isso com os recursos e com as ações que já estão em curso na universidade. Fico satisfeito em poder dizer isso pra vocês e pelo convite feito pela professora Mônica pra vir a esse evento e estar aqui representando os demais diretores dos diferentes setores da UFPR que cuidam dos cursos de licenciatura.
Glaucia da Silva Brito, representando a Pro Reitoria de Graduação:
Bom dia a todos, a Pró-reitoria de graduação tem as discussões com a professora Mª Amélia quando se trata de formações de professores, tem tido discussões e debates bem sérios que desde o inicio da gestão, da primeira gestão em 2009 nós temos valorizado e apoiado todas as ações. O PNEM e a professora Mônica sempre estiveram conosco e estamos realmente na pró-reitoria pra dar esse apoio, não só pro Pacto, mas pra todos os programas de formação de professores que vem da SEB e da SECAD estão nesse momento de reflexão, sempre temos a ação, reflexão e ação.
Nesse momento nos encontramos na necessidade dessa reflexão, essa avaliação e realmente podemos tirar um documento que depois de base a próxima ação que não sabemos qual é, mas precisamos garantir as políticas públicas de formação que foram ganhos nesses últimos anos dentro das universidades públicas.
Deise Cristina Picanço, Pró Reitora de Extensão:
Bom dia a todos, queria dar as boas-vindas a todos que vieram a esse encontro de avaliação do Pacto, dizer que é uma grande satisfação sempre pra nossa universidade recebê-los aqui e que participar das atividades de abertura do encontro, dos momentos de avaliação do pacto, são momentos muito importantes para ouvirmos as varias perspectivas. Temos um papel importante nas universidades de fortalecer as grandes áreas de formação que tem um impacto importante, especialmente na juventude e como minha pasta é de extensão e cultura, comecei a pensar sobre o que nós temos feito em relação a isso.
Em 2013 fizemos um levantamento sobre o tínhamos de projetos, programas e atividades de extensão para juventude, em uma pesquisa rápida procuramos juventude e encontramos pouca coisa, mas eu fiquei muito intrigada com aquilo, sabemos que existe, sabemos o que acontece e não estava aparecendo, então comecei a trocar juventude por outros nomes e encontramos: adolescentes, alunos, crianças, e varias denominações que fazem de certa forma a relação com essa fase da vida com a questão da formação, mas que não se nominavam como juventude e isso me intrigou bastante. Começamos a pensar também na interface da juventude com relação a questão dos movimentos sociais, hoje temos um fortalecimento muito grande da relação da juventude, principalmente da juventude que esta articulada e mobilizada com os movimentos sociais e criamos a coordenadoria de políticas sociais que hoje agrega vários programas e projetos nessas áreas, tentando agregar, então, varias ações pra juventude nesse sentido.
Outra interface dessas ações é a questão curricularização da extensão, que tem na educação um ponto estratégico fundamental pra gente entender esse processo que é pensar a extensão em relação direta com a sociedade na formação dos nossos futuros profissionais e de como eles podem atuar junto com os professores da escola básica na sua formação e nos avanços que a nossa sociedade precisa. Na área de cultura temos recebido muitas propostas provocativas também, nós temos hoje no ministério da cultura uma secretaria que trata da formação artística e cultural, que tem proposto vários programas e projetos pra gente pensar ações pra juventude pensando na área de formação artística e cultural, e pensando no papel da arte e da cultura exatamente no fortalecimento dessa ação, na construção de novos olhares e de novas perspectivas pra juventude.
Nessa semana tivemos a exposição dos 35 anos da nossa companhia de dança Tessera, e foi muito interessante porque tivemos o encontro de várias gerações, tínhamos ali a geração nova do nosso corpo de baile, nos vimos numa apresentação da primeira Cia da Tessera, o mais intrigante, não foi por conta da linda performance que eles fizeram, mas que, entre aqueles vários bailarinos que se apresentaram, tinham vários professores, professores da nossa universidade (UFPR), professores de outras universidades. Os comentários que fazíamos além da intensidade daquele encontro, é exatamente o papel importante da arte e da cultura na formação do jovem e no fortalecimento da sua condição, do seu protagonismo na sociedade. Todas aquelas pessoas que estavam ali, naquele momento recuperando a sua performance de bailarino, mas, também, mostrando que a arte e a cultura tem um papel extremamente relevante e importante na formação dos nossos quadros e na formação da nossa sociedade.
Gostaria de terminar minha fala parabenizando todo esse movimento, a todos os que estão diretamente envolvidos com o pacto, com as ações do pacto, e dizer pra professora Mônica que de fato é uma grande felicidade, um grande orgulho pra universidade receber mais uma vez esse evento aqui e dizer que estamos empenhados em dar todo o apoio pra que consigamos avançar. Como a professora Glaucia falou: fazer com que as políticas públicas permaneçam e permitam a gente avançar.
Profo. Zaki Akel, reitor da Universidade Federal do Paraná :
Novamente bom dia, sejam muito bem-vindos, a nossa cidade Curitiba, preparamos uma temperatura agradável pra receber vocês, “temos mais mantas, cachecóis que vamos disponibilizar, né Malvina? Você que vem do Rio de Janeiro. Mas, que seja muito caloroso esse nosso encontro a despeito do momento turbulento que estamos vivendo, acho fundamental deixarmos algumas marcas pelo caminho.
Queria saudar todos componentes da mesa, o Pró Reitor a professora Deise Picanço; Glaucia Brito que luta tanto por esse programa de formação educação continuada de professores em nossa universidade; Professor Eduardo Barra, um prazer tê-lo aqui, ele que também é um ícone pra nós na valorização das licenciaturas e acho isso muito importante no momento que vivemos; saudar Laura Rossi que representa pra nós a força do Ministério da Educação, muito obrigado pela presença e pelo trabalho comprometido que o MEC tem tido com este projeto; Sueli muito bom tê-la conosco; Querida Mônica, você é o nosso principal motor, nosso dínamo, depois falo de você; saudar a nossa representante da secretaria estadual de educação Céuli Jorge, obrigado pela presença; e queria amiga Malvina, você é muito especial, temos uma amizade de muitos anos, convivemos como reitores lá na DIFIS, você dirigindo a Unirio depois a passagem pelo INEP, hoje esta no conselho de educação pra nós é uma alegria ter sua presença lá, tenho certeza que ilumina varias questões e é uma alegria renovada reencontra-la.
Queria expressar dois sentimentos: primeiro de alegria, ouvi atentamente a Mônica e eu quando recebi o convite de estar participando dessa abertura tive exatamente a mesma sensação que a sua Mônica, as vezes a gente esquece de comemorar, a gente esta sempre envolvido na batalha, no calor da luta que não para e olha pra trás o quanto avançou. Eu me lembro bem quando esteve aqui na nossa universidade em uma ocasião, o ex-ministro e hoje senador Cristovão Buarque e no debate que fizemos, eu lembro bem dele ter dito que no em seu olhar seria muito melhor que o ministério da educação no Brasil focasse apenas nas matérias da educação básica do EM, que fosse desonerado das universidades que disputam verbas, que disputam atenção e priorização, que a educação ficasse sozinha e nós fossemos colocados no Ministério de Ciência e Tecnologia em Ensino Superior porque assim a educação do pais teria um grande avanço, pois olha, eu prefiro muito, avisando a creche a pós-graduação que a educação é que tem prevalecido. Naquele seminário mesmo, levante e provoquei, disse com todo respeito que talvez ele desconhecesse as parcerias e inúmeras pontes feitas entre as universidades e os demais níveis de ensino.
Como reitor há quase oito anos, já estou enxergando o final do meu trabalho frente a reitoria da universidade. Mas, quero testemunhar o quanto o nosso Setor de Educação, pena a professora Andréa Caldas não poder estar, soube que por motivo de força maior, mas a Deise que foi vice- diretora desse setor e hoje nos ajuda na administração, o professor Eduardo Barra de ciências humanas e que trazem a força das licenciaturas, podem falar sobre a importância da educação, da força das licenciaturas e do nosso dialogo com a secretaria estadual de educação e também com as secretarias municipais de educação, em Curitiba a Roberlaine secretária da educação é professora da casa, é mais um dos quadros que emprestamos pra melhorar a educação na nossa cidade. Esse diálogo e essa cooperação levaram ao sucesso Mônica, eu tenho grande duvida se teríamos alcançado o mesmo resultado se esse projeto fosse só MEC e secretarias de educação com todo respeito, mas acho que nós podemos ser braços, mãos, corações, cérebros a participar desse projeto e por isso ele é tão bonito, tão vencedor.
Então, queria agradecer ao Ministério da Educação pelo apoio, pela parceria na pessoa do nosso ministro Elisio Mercadante, relembrando todos que passaram por esse cargo, pelos grandes avanços que a educação teve e que as vezes não são reconhecidos em nosso país, eu estava contando pra Laura antes de começarmos aqui, que no mês de março nós abrimos um curso de medicina em Toledo, no lesto do Paraná com sessenta vagas, realizando um sonho de vinte anos daquela localidade e fizemos um grande esforço, tivemos apoio do MEC, cravamos lá uma estaca a mais da interiorização da nossa universidade e em Curitiba no jornal principal da cidade não saiu uma linha, dias depois tivemos uma crise no hospital universitário por falta de insumos porque recebemos quinhentos funcionários, então, adiamos algumas cirurgias e deu manchete de capa. Como é difícil colocarmos a pauta da educação sempre com esse olhar positivo da transformação social que estamos fazendo em nosso país através da educação, eu sempre falava pro ministro Haddad, na época, dizia: – Ministro nós temos que talvez fazer um filme, não sei como mostrar essa revolução que estamos fazendo no país e que ainda é silenciosa, que não é reconhecida, que muitas vezes é apagada por uma invasão de reitoria, por uma greve, por um problema pontual que temos, pois é isto que atrai a mídia. Mas, os milhões de jovens que tiramos de uma vida precária, que estamos dando dignidade através da educação, dando uma perspectiva de futuro, esses não aparecem, esse lindo trabalho que fazemos.
Eu queria celebrar o sucesso, mas esse sucesso tem nome chama-se paixão, chama-se pessoas como a Mônica, e na pessoa da Mônica eu quero reconhecer todos pelo Brasil que enfrentaram esse desafio. Não é fácil, eu vi e testemunhei, quantas vezes a Mônica chegava em nosso gabinete, as vezes nervosa, as vezes aos prantos, desesperada, querendo chutar o balde, jogar a toalha e as vezes falando vamos pra Brasília reitor, e o MEC do outro lado como interlocutor sabendo das nossas dificuldades, mas tem suas dificuldades com Ministério do Planejamento, com o dinheiro que não chega na hora, as vezes estava marcado, tinha que acontecer, hotel reservado e a gente ia dando jeito, Né Mônica? E graças a muita força, muita paixão, muita fé as coisas aconteceram.
Então, quero agradecer os que participaram a secretaria estadual pelo apoio, pela parceria, mas, sobretudo a paixão que é a única explicação pra gente conseguir fazer tantos avanços nas situações tão difíceis que enfrentamos conjunturalmente. Queria terminar dizendo o seguinte:- O Brasil não vai acabar semana que vem, nós vamos passar por um trauma? Vamos sim, estamos passando por um trauma, o que estamos vivendo nesse o momento era impensável um ano atrás, mas esta uma realidade concreta na nossa frente. Como gestores, como cidadãos, como lutadores pela educação, o que nos resta depois de lutar intensamente pra que isso não acontecesse, é lutarmos pra que todas essas politias sejam tratadas como de Estado e não de governo, que continuemos fazendo avanços, seja quem vier, seja quem estiver na cadeira de ministro, seja quem estiver no comando da maquina de governo federal, nós temos que garantir a continuidade desses programas, vimos esse ano o PIBID balançando, lutamos, levamos todos nossos argumentos, mas a nossa situação financeira do país é muito difícil, temos que ter essa consciência. Queremos sem duvida impactos, já estamos tendo, faz meses que lutamos pra terminar o dia. Como reitor, já tinha vivido experiência péssima, quando lá em 2002 assumi como pró-reitor de planejamento e ficávamos com essa escolha de Sofia, pois hoje uma boa parte do meu tempo como reitor é sentar e administrar crise com fornecedores, com empresas terceirizadas, com pequenos prestadores de serviços que não estão recebendo, e eu estou quebrando algumas empresas, fazendo as vezes uma grande confusão na administração das universidades, porque um dia para os motoristas, outro dia o pessoal da limpeza e fecha o restaurante universitário, então, nós temos vivido a muito tempo esse desafio.
Não percamos a fé, não percamos a energia, não baixemos a guarda, se bobear a gente volta a ver o modelo que vai prevalecer todo dinheiro no sistema privado e isso nós não podemos permitir, não podemos permitir que aconteça, vamos manter a fé, vamos manter a luta. Sejam bem vindos, excelente evento a todos.
Fotografia: Gilson Camargo