Uma escola para “os filhos dos outros” – Uma história da Educação Profissional no Brasil

Acesse a Cartilha “Uma escola para os filhos dos outros”: breve história da educação profissional no Brasil, coordenada pela professora Clecí Körbes.

O direcionamento das políticas de ensino médio e de educação profissional e tecnológica foi tremendamente disputado nas sucessivas reformas educacionais das três últimas décadas. A volatilidade dos projetos de formação implementados ao longo do período pode dificultar a compreensão das mudanças, mas esta é de extrema importância para viabilizar a participação cidadã na definição dos rumos das políticas futuras para essas áreas.

As mudanças mais notáveis estão situadas na educação profissional técnica de nível médio, marcadas por profundas e complexas disputas em torno de um projeto para o ensino médio, sobretudo nas escolas públicas, onde se concentram cerca de 87,1% de matrículas dessa que é a última etapa da educação básica (Sinopse Estatística da Educação Básica, 2023).

Na última reforma do ensino médio, instituída pela Lei nº 13.415 de 2017, atualizada pela Lei nº 14.945 de 2024, foi retomada uma antiga segmentação interna ao ensino médio, que relega às/aos filhas/os da classe trabalhadora uma formação geral menos completa em troca de uma educação profissional esfacelada, que no denominado Novo Ensino Médio já não forma necessariamente para nenhuma profissão, mas que pode reunir diversas formações fragmentadas e de curta duração.

No ano de 2000, Gomes chamou essa escola de menor qualidade, forjada historicamente para as/os trabalhadoras/es e suas/seus filhas/os, como “escola para os filhos dos outros”, ou seja, para filhas/os, netas/os ou bisnetas/os daquelas/es que por muito tempo foram privadas/os do direito à educação.

A cartilha “Uma escola para os filhos dos outros”: breve história da educação profissional no Brasil, apresentada em formato de E-book, se propõe a entender a trajetória histórica da educação profissional no Brasil. Em contradição com as práticas de promoção da desigualdade e segmentação educacional, desvela a possibilidade de institucionalidades profícuas que promovem formação integral e integrada para todas e todos as filhas e filhos brasileiras/os. 

Acesse: Cartilha A EP Uma escola para os filhos dos outros.pdf – Google Drive